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quarta-feira, 4 de maio de 2011

PALAVRAS COMPARTILHADAS


Parece que eu sempre soube quem eu era e o que eu queria.
Queria viver. Simples, sou uma pessoa simples.
Gosto de rir, ler, cerveja gelada, café quente, gosto do mar.
De alma antiga, gosto de saber coisas que já não parecem importantes, como qual o cheiro da naftalina.
Satisfeita ou ainda mais: feliz.
E, um dia, você.
Você que tirou esse mundo do lugar e nem me contou pra onde o enviou.
Você que me trouxe perguntas.
Fiquei ainda mais feliz, porém já não sei tantas coisas que tinha como certas.
Já não sei bem quem sou, por exemplo.
A não ser que conte saber que sou quem me pergunta sobre você.
Já não sei bem o que quero, a não ser que envolve, vagamente, nós dois, bocas banguelas e cadeiras de balanço.
Descubro coisas engraçadas sobre mim: que sei esperar, que choro de saudade, que sou ciumenta e grudo feito carrapato.
Descubro coisas engraçadas sobre mim que você me conta: que falo de forma sexy, que meu riso é contagiante e que fico vermelha de repente.
Não gosto de ficar muito tempo sendo eu sem ser a eu que quer você.
Perco minhas referências novas e já não consigo me limitar às antigas.
Gosto de ser quem sou quando sou com você.
Gosto dos labirintos da tua solidão que se faz acompanhar da minha.
Andei lendo Simone de novo. Pra me lembrar como se precisa tanto do outro.
Pra me lembrar que é preciso saber pedir, mesmo que não se vá ser atendida.
Esta distância entre nossos dizeres assemelha-se, para mim, à distância entre Paris e Chicago quando os vôos transatlânticos eram uma audácia.
É uma audácia esperar um setembro ainda tão distante.
As palavras, eu as escrevo como pontes, mas bem sei que uma ponte apenas reafirma o abismo. Nelson uma vez afirmou à Simone que a amava porque a fazia feliz.
Você sabe que me faz feliz?
Você me amaria por me fazer rir e ter vontade de cantar na rua?
Até quando estou triste de saudade como hoje, sou feliz, porque sei, numa sabedoria morna e saciada, que esta dor pode morrer no teu abraço e recomeçar só para tornar a perecer.
Então, que venham os longos dias e as noites angustiadas, ser tua é maior do que ser, apenas...



Este texto não fui eu quem escrevi... foi a Luciana Nepomuceno aqui no Borboletas nos Olhos...mas eu me apossei de suas palavras hoje...porque o que está escrito aqui é tão meu..quanto é dela.
Convido vocês a conhecerem esta querida...de riso fácil, que você percebe mesmo sem nunca tê-la visto, e que escreve com a alma e toca nossos corações

1 comentários:

Anne disse...

"Já não sei bem o que quero, a não ser que envolve, vagamente, nós dois, bocas banguelas e cadeiras de balanço."

ah, eu quero um amor assim!!!! ;)

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