Houve um tempo em que qualquer silêncio da parte dela, eu imaginava despedidas ao ritmo de tango argentino com sanfonas ao fundo.
Depois eu cresci...aprendi sobre seus silêncios, suas pausas, seus medos, suas vontades.
E acreditava que não importava o que acontecesse...distância, doenças, discussões, medos, inseguranças, etc, nada iria nos separar.
Éramos eternas...eramos sempre...simplesmente éramos.
E se não havia medo não havia dor....simplesmente tinha certeza que nada abalaria as estruturas definitivamente.
Mas acontece que ela é de carne e osso...com suas vontades...seus anseios...seus conceitos e preconceitos...ela é feita das suas próprias idéias...da sua força e da sua fraqueza também.
Eu achei que minha avó estaria aqui pra sempre... e a dor de constatar esta inverdade é física...dói...dilacera...entristece
Mas o meu tempo...não é o mesmo tempo dela...e eu preciso respeitar isso.
Eu só quero que ela saiba, antes de partir de uma vez, que ela marcou profundamente o meu ser...que nunca haverá ninguém capaz de ocupar o seu espaço no meu coração e que eu tenho certeza de que nunca serei capaz de encontrar alguém que me faça tão feliz como ela me fez... mas serei feliz...
Falta um dia para a chegada do inverno...mas este ano..ele se antecipou...
ps: Gente, só para explicar, que Graças a Deus, minha avó está muito bem...eu apenas usei um sonho como base...
Toronto, Parte II
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Neste segundo momento de Toronto, começamos pela Casa Loma, ou casa da
colina. O palacete era de uma família de financistas, e data de 1911. Foi
durante an...
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