Na verdade os termômetros marcavam 18º,
Mas eu sentia como 40.
A possibilidade do reencontro me fervia por dentro...
Então te vi...lindo.
Sorrindo pra mim...
Um olhar tão gentil e delicado... tão familiar.
E você se aproxima, me abraça, e eu caibo inteira neste abraço cheio de amor.
Então você fica nervoso e começa a gaguejar...
Porque isso acontece sempre que você me vê?
Deve ser o mesmo motivo da pulsação intensa do meu coração que parece querer sair pela boca.
Você sempre teve o dom de me causar isso...
Podia me saber sua, mas te ver era sempre uma mistura de borboletas na barriga, coração na garganta e lágrimas nos olhos...
Tapei sua boca com beijos, nunca foi preciso explicações entre nós...
Minutos se tornaram horas...e chegou o momento de partir...
Sensação de que este seria o último encontro...o tão aguardado fim...
Melhor assim, matar o amor...do que se permitir viver pela metade.
Você dobrou a esquina e eu continuei ali parada, sem emoção, nem uma lágrima caiu.
Olhei uma última vez para sua rua e virei as costas para tudo que poderia ter sido mas não foi.
Porque no fundo, eu só sei me doar, se for inteira...
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